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No sábado, dia 08 de maio, ao descer do ônibus, deparei-me com três pessoas, um adulto e duas crianças- uma vestida e a outra pelada, está devia ter uns 3 anos, todos homens e que estavam dentro de uma carroça. Passei por eles, fiquei olhando, parei, pensei, voltei e perguntei:
—Olá, você está precisando de ajuda, amigo?
O homem adulto, o qual se chama BIL, me respondeu:
—Não. Eu só estou esperando a minha mulher.
Então eu fiz outra pergunta:
—Você está precisando de roupas?
Ele disse:
—Sim.
Eu disse:
—Eu vou lá em casa buscar, só um momento.

Fui até em casa, peguei várias camisetas, biscoitos de sal e de doce e pães, coloquei-os em três sacolas e fui até onde eles estavam. Cheguei até o local e entreguei as sacolas. Logo o Bil, pai das crianças, deu o pão para as crianças- elas estavam com fome- e me agradeceu. Comecei a conversa com ele. O mesmo me disse que tinha 6 filhos e uma esposa, estava morando no meio do mato, numa invasão, com outras famílias. Disse que veio de Pernambuco e mora aqui no DF há mais 10 anos. Trabalha como catador de papel, serviço relacionado à reciclagem. Os filhos, os 5, estudam e a mulher fica em casa cuidando do menor, apenas 1. Disse, também, que tem um primo que mora num bairro onde o governo está construindo casas; eu o aconselhei a se informar com o próprio primo para saber qual é o procedimento para se ter direito a ganhar tal casa. Ele disse que não ia perder tempo.No fim da conversa, ele me agradeu mais uma vez.
Saí muito feliz de lá por ter ajudado e por ter conhecido uma pessoa tão legal.

Até o próximo ato de mudança.

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