ADN

Dando início aos trabalhos.

A nossa primeira instituição a ser beneficiada se chama:

Creche Escola "TIA ANGELINA"

Fica localizada em Brasília, e que tem como propósito atendimento

sócio educativo em meio aberto/infantil. Acompanhem a matéria

que saiu sobre a instituição num site de Brasília, em janeiro de 2008:

Tia Angelina pede socorro.

Creche do varjão precisa de doações para continuar funcionando.

Mesmo tendo passado o Natal, a Creche Tia Angelina espera ser presenteada para continuar de portas abertas. A instituição, que atende mais de cem crianças carentes do Varjão, acumula dívidas e necessita de doações para continuar funcionando. A luz corre o risco de ser cortada, pois são três meses sem pagamento e R$ 1,2 mil de débito. O muro da creche ameaça desabar e o estoque de alimentos está no fim.

A Tia Angelina foi criada há 16 anos e seu nome é inspirado em uma gentil senhora, Angelina Pereira de Matos, que começou a cuidar e dar amor a 15 crianças da comunidade. Com o tempo, o número de pais que procurava Angelina para deixar seus filhos enquanto trabalhava não parou de crescer.

A pequena casa de quatro cômodos ganhou um modesto barraco, construído no quintal e financiado pelos moradores. Àquela época, tia Angelina, como era carinhosamente chamada pelos pequenos, já cuidava, sozinha, de 40 crianças.

Em 1997, a saúde de Angelina ficou debilitada e um derrame cerebral tirou sua vida. Porém, antes de morrer, ela fez um último pedido à filha mais velha: tocar o projeto que criara. Nair Queiroz da Silva, hoje com 37 anos, atendeu ao sonho da mãe, e foi mais longe: cursou Pedagogia e conseguiu, com a ajuda dos quatro irmãos e doações de pessoas sensibilizadas, construir uma grande creche.

Finalmente, mais de cem crianças recebiam quatro refeições por dia, eram banhadas e estudavam ali. "Tenho certeza de que ela ficou muito feliz quando viu tudo o que sonhou concretizado. Para homenageá-la, resolvemos batizar o lugar com o nome dela. Nada mais justo", conta Nair, emocionada.

Destruição...

Porém, em 2003, o sonho parecia virar pesadelo. Um incêndio provocado por um curto-circuito deixou parte da estrutura da creche abalada. Começava a luta de Nair para angariar fundos e recuperar a creche. "Queimou tudo. Achei que não conseguiríamos reconstruir tudo de novo", contou.

Mas Angelina parecia olhar pelos filhos e pelas cem crianças ali atendidas. Em 2004, Nair elaborou um projeto Pedagógico e Estrutural para a creche. A idéia caiu no gosto da Embaixada do Japão, que financiou boa parte das propostas apresentadas. Foram criadas novas salas de aula, videoteca, brinquedoteca e adquiridos novos materiais didáticos. "A Embaixada do Japão nos ajudou muito.

Foi uma parceria que apareceu na hora certa", disse Nair.

Entretanto, para se manter, a Creche Tia Angelina depende de ajuda. Mais de 90%

dos gastos são cobertos por doações de empresários e moradores.

Outros 10% vêm de contribuições simbólicas, de R$ 10 a R$ 82,

dadas por pais que deixam os filhos na creche.

"Como sobrevivemos de doações, em alguns meses, não conseguimos o suficiente

para suprir todas as demandas", ressaltou Nair.

Atualmente, o quadro de funcionários é composto por 15 pessoas e 32 voluntários. São pessoas que dedicam parte do seu tempo para ajudar a creche a não fechar as portas.

"Todos trabalham por amor. Os funcionários já estão com três meses de salários atrasados e mesmo assim estão aqui todos os dias, bem cedo, sem reclamar".

Para quitar todas as dívidas e fazer benfeitorias necessárias, como a construção de um parque, a reforma do muro e a troca do forro, além de compra de material escolar, fraldas, alimentos e lençóis, a creche necessita de R$ 20 mil. Além de dinheiro a creche também aceita a doação de materiais de construção, livros e alimentos.

http://www.jornaldebrasilia.com.br/impresso/noticia.php?IdNoticia=315056&edicao=1804